Ouve lá ó Mister – Spartak

André, perestroikador!

A roda não pára de girar e a tua loja continua no mesmo ritmo intenso que temos vindo a suportar desde o início de 2011. Acredito que não esteja a ser fácil para essas pernas andar a “passear” do Porto para Lisboa, para o Porto de novo e siga para Portimão para uns dias depois se enfiarem num avião para a Rússia, onde tinham estado há poucas semanas. Check-in, check-out, next customer please. É dose.

Mas ainda não acabou. Há muito em jogo hoje à tarde naquele pseudo-relvado do Luzhniki. Uma vitória e ninguém notará a diferença, um empate e o pessoal encolherá os ombros em indiferença. Uma derrota…e até o Sporting fica com ideias de cá vir ganhar porque os rapazes estão cansados e a treta do costume. Uma derrota por 4 golos…nem quero pensar nisso, amigo! Mais depressa imagino o Domingos Amaral a deixar o álcool que o FêQuêPê a levar tanto golo no pandeiro. No way, André.

Só te peço para não menosprezares os gajos. Já deu para ver o que eles jogam, que é suficiente para nos amolgar os planos mas não para os desfazer na totalidade. Até nem me importo que descanses um ou outro rapaz, desde que não alteres a estrutura da equipa, especialmente na zona da defesa. O ataque até pode ser um bocadinho diferente mas a defesa é que não. E lembra-te que o Maicon gosta muito de deixar a bola bater antes de lá meter a cornadura, por isso se o escolheres para jogar avisa-o que neste tapete a bola salta. Muito.

Vamos lá arrumar com os segundos russos da época. As meias-finais estão a noventa minutos de distância!

Sou quem sabes,
Jorge

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Dragão escondido – Nº1 (RESPOSTA)

Voilá…a resposta ao primeiro “Dragão escondido”:

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A maior parte da malta acertou e o rapaz é mesmo José Carlos, central brasileiro, marcador de livres e autor do famoso “olha para aqui, Artur Jorge!” enquanto batia na coxa a celebrar um golo marcado ao Benfica no Estádio das Antas, na altura em que o filólogo era treinador dos nossos rivais, como vingança pela pouca utilização que o técnico lhe tinha dado quando foi treinador do FC Porto em 1989/90 (se estiver enganado por favor corrijam-me!). A foto é de um jogo amigável no início da temporada 1994/95.

Entre as respostas que a malta deu:

  • Jorge Costa – a alternativa mais provável, fazia parte do plantel e era central, posição que tinha um elemento a menos nos jogadores visíveis;
  • Fernando Couto – tinha saído no Verão para o Parma;
  • Geraldão – tinha saído alguns anos antes para o Paris SG;
  • João Manuel Pinto – só chegou em 1995/96;
  • Paulinho Santos – possível, mas improvável tendo em conta a formação táctica;
  • Kostadinov – idem.

Gostei do resultado e vou repetir. A malta recordou o passado, voltou aos tempos do Robson e deu para um bocado de nostalgia que é tão porreira para todos. Afinal, sou da geração rasca…a original!

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Dragão escondido – Nº1

Cá está uma rubrica digna da Dica da Semana do Lidl. Fotos com jogadores escondidos. E adivinhar quem é pode ser mais difícil do que parece.

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É simples. Quem é o rapazola que está escondido por trás da cara do Jack do Nightmare before Christmas?

Respostas para a caixa de comentários, faxabor.

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Já chega.

Mais um comunicado. Desta vez sobre um imbecil qualquer que tem algum tempo de direito de antena na Benfica TV, brotado da fel que o idiota pontualmente escreve no blog colaborativo e intensamente enojante de nome Tertúlia Benfiquista e que passou como que por uma gosmenta osmose para o canal oficial do clube que apoia.

Não alimento mais estas guerras. Chega de comunicados. O que eu quero é ver a bola a rolar amanhã em Moscovo e no Domingo no Dragão. O resto só serve para alimentar ódios e dar nome a meia-dúzia de meninos-bem que têm egos maiores que a cabeça. Não contem comigo para isso.

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Os 15 pecados de Duarte Gomes vistos do meu sofá

É raro comentar arbitragens, como sabem. Mas abro uma excepção para este caso para usar como uma espécie de mini-manifesto para que possam avaliar a forma como vejo estas coisas. É impossível para um árbitro ser eficiente a 100% durante um jogo e a grande maioria dos lances são muito difíceis de avaliar. Ainda assim, por vezes vêem-se decisões estranhíssimas e por isso cá vão as minhas opiniões sobre os 15 pecados de Duarte Gomes que foram assinalados pelo FC Porto ontem em conferência de imprensa:

 

2 minutos: Assinalada falta de Otamendi num lance em que nem sequer toca em Saviola. Aimar protestou e viu cartão amarelo.
Não há falta, mas ainda que houvesse não devia por isso ter parado o jogo, prejudicou o Benfica que ia para a frente com perigo.

5 minutos: Fábio Coentrão bloqueia Hulk com o braço na área do Benfica. Não foi assinalada qualquer infracção.
Não vejo falta nenhuma. O Hulk aproveitou o facto de estarem os dois embrulhados e acaba por ver se cola o penál. Não colou, siga.

6 minutos: Saviola atinge Helton já sem hipóteses de chegar à bola. Sem admoestação.
Amarelo por mostrar. Limpinho.

6 minutos: Aimar escapa, sem explicação, ao segundo cartão amarelo, após entrada dura, pelas costas, sobre Falcao.
Compreendo que não o tenha expulso. Benfica vs FCP, seis minutos, mandar um gajo para a rua era entornar logo o caldo. Mas arriscou-se a perder o controlo do jogo.

15 minutos: Penalti assinalado contra o FC Porto, Otamendi e Jara estão ambos em contacto, mas só foi visto pelo assistente o contacto do jogador do FC Porto.
Não há falta nenhuma. Não é só em Portugal é que se marcam estas bichonices, mas aqui é um exagero. Otamendi está, tanto como Jara, a tentar ganhar posição. Ambos usam os braços e Jara sabe que está dentro da área e “cede” ao contacto. Não simula penalty mas também não o sofre. Amarelo mal mostrado.

21 minutos: Sidnei atinge intencionalmente Falcao na face, com o cotovelo. Com a perna direita, ainda pontapeou o jogador do FC Porto. Não aconteceu nada.
É bruto, mas não me parece uma agressão. Se assim fosse o Bruno Alves nunca tinha acabado um único jogo. Nem dezenas de centrais por aí fora.

31 minutos: Jara teatraliza lance na área do FC Porto, sai impune e Fucile vê amarelo.
Fiteiros, todos. O Jara vai contra o Fucile e atira-se para o chão. O Fucile não tem nada que se ir lá meter na confusão e apanha amarelo. Não me choca, mas se o Jara também levasse também não me chocava.

34 minutos: Jara joga a bola intencionalmente com o braço, tentando enganar o árbitro.
Depende do critério do árbitro e se viu ou não o lance. Se não dá aqui, não dá a nenhuma outra mão intencional.

36 minutos: Jara repete, na cara de Duarte Gomes, e, mesmo tendo o árbitro a certeza da segunda tentativa de engano, não mostra nunca o respectivo amarelo.
À primeira todos caem. À segunda cai quem quer. Ainda por cima Duarte Gomes avisa-o pela segunda vez. Para quê?! Amarelo por mostrar.

62 minutos: Entrada perigosa em tackle lateral de Fábio Coentrão. Já tinha visto o amarelo aos 21 minutos. Era expulsão por acumulação de amarelos.
Arriscou muito, o shôr Fábio. Podia ter levado o segundo amarelo, mas como Fucile já tinha tido uma entrada do género e também não foi expulso, compreendo o critério.

67 minutos: Agressão inequívoca, ao pontapé, de Javi Garcia a Varela. Só viu amarelo.
Indesculpável e impossível de perceber. Ah, esqueci-me da justificação do Rui Gomes da Silva: “o Varela deixou a perna para trás”. Foi isso. Vermelho limpo.

69 minutos: Segundo amarelo a Otamendi num lance de corpo a corpo, junto à linha lateral, num claro exagero disciplinar, ainda mais tendo em conta o critério utilizado durante todo o jogo.
Aqui é que não percebo mesmo. Depois de entradas de carrinho do Aimar, Coentrão, Fucile et al, este rapaz está na linha lateral, longe da baliza…e leva o segundo amarelo? Não percebo e não concordo.

71 minutos: Agressão de César Peixoto a pontapé a Guarín. Sem castigo disciplinar.
Outra limpinha. É vermelho e bem vermelho. O César sabe perfeitamente o que fez.

78 minutos: César Peixoto, de novo, sobre João Moutinho. Rasteira clara. Árbitro nada assinalou e Peixoto acabou o jogo sem amarelo.
Amarelo para César Peixoto. Limpinho.

78 minutos: Cardozo tenta atingir Helton de forma brutal. Tentativa de agressão passa impune.
Sim, ma non troppo. Tentou, é verdade, mas é difícil para o árbitro ver. Ainda assim foi um porquinho.

 

 

A somar a estes tópicos posso somar os que nos beneficiaram, que o Antero não mostrou. Devia, mas isso era sonhar com uma utopia que não verei na minha vida. Do que ainda me lembro, temos uma entrada rija do Fucile sobre Salvio/Gaitán e uma entrada ridícula do Moutinho a pés juntos, mais para o final do jogo. O Fucile arriscou, como o Coentrão aos 62 minutos, mas o Moutinho era vermelho directo. Nem lhe dava hipótese de abrir a boca.

O que custa mais nesta situação toda é mesmo a nota do observador. Que Duarte Gomes não tenha querido estragar o jogo e causar um motim na Luz, compreendo. As expulsões de Javi ou César, mais que a de Moutinho, gerariam um barulho enorme e o árbitro provavelmente não aguentou a pressão. É humano, compreende-se. O que não entendo é a incapacidade do observador de ver as coisas como uma pessoa normal veria. Sem óculos, sem clubites, só com profissionalismo.

Acredito que não concordem comigo em alguns dos lances. Em todos. Em nenhum. Mas é assim que eu vejo o jogo. E as pessoas têm de meter na cabeça que não é por fazerem uma análise fria e consistente com o que acabaram de ver, mesmo que pontualmente vá contra os seus interesses, que vai fazer deles traidores ao clube. E vou continuar a ver os jogos sempre assim, porque só quando tiramos as pálas dos olhos é que podemos dizer com verdade que gostamos de ver futebol.

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