Baías e Baronis – Portimonense vs FC Porto

foto retirada de MaisFutebol

 

A vitória não fugiu, mas por pouco. O FC Porto encarou o jogo com pouco mais intensidade que um treino com equipamento principal e a primeira-parte, lenta e previsível, foi uma imagem evidente que os rapazes estão a pensar mais no próximo jogo que neste. Compreendo, como é lógico, e seria utópico estar a exigir uma intensidade ao nível que exibimos na Luz ou no Dragão contra o Spartak, mas há sempre que proteger o nome da equipa e dos jogadores e, como diz Villas-Boas, manter os objectivos sempre presentes. Por pouco interesse que tenha conseguir marcar mais de X ou sofrer menos de Y, é sempre um objectivo extra e há que lutar para o conseguir. E não sofrer golos de canto, isso é que é um objectivo impecável! Como de costume, seguem as notas:

 

(+) Hulk Quando não lhe apetece jogar muito, como acontece na maioria destes jogos que não interessam ao senhorio de um primo afastado do Menino Jesus, é uma nódoa e apetece esbofetear repetidamente. Mas de vez em quando parece que se enerva e arranca, remata, assiste, bombeia, massacra. O golo que marcou é um dos melhores do ano, e só ele já teve alguns excelentes candidatos ao mesmo pódio.

(+) Sapunaru e Sereno Não quiseram encarar o jogo como um treino. Com a missão de subir mais no terreno, Sapunaru apareceu quase sempre no meio-campo do Portimonense a apoiar Hulk e a tentar sempre servir como mais um no ataque. Sereno, mais limitado mas extremamente esforçado, parecia mais um médio esquerdo que um lateral, tantas foram as vezes em que surgiu na área contrária a tentar cruzar a bola usando a infeliz perna esquerda que tem, mais talhada para as entradas de carrinho do que para produzir lances ofensivos. Mas estou a ser mauzinho, o rapaz correu muito e fez um jogo muito bom na defesa, já que convém não esquecer que teve de lidar com Candeias que é sempre um chato com as fintas e a velocidade. Sereno safou-se muito bem e tanto ele como Sapunaru merecem este Baía.

(+) Souza Aparte algumas Guarinices (versão 2009) o que se compreende porque continuo a afirmar que é um 8 a jogar a 6 e o facto de ainda não percebido que não pode ir por ali fora como um louco contra equipas de nível superior, fez um bom jogo. Foi o elemento da força do meio-campo a tapar bem as subidas de Moutinho e a não-comparência de Ruben. Só lhe falta um pouco mais de calma na definição das jogadas ofensivas, mas esteve em bom plano hoje no Algarve.

 

(-) Ruben Micael Um jogo pouco mais que absurdo. Produtividade quase nula, parece incapaz de disputar uma bola dividida sem retirar o pé e começo a pensar que não vai conseguir atingir no Dragão o nível que mostrou na Choupana. Não parece o mesmo jogador que foi quando chegou e a quantidade de bolas perdidas e mal direccionadas em que teve intervenção directa retiram-lhe qualquer hipótese de lutar pela titularidade. Até Belluschi a perdeu para Guarín pelo elevado sentido prático do colombiano, mas ao menos quando o argentino entra em campo, faz pela vida. Começo a perder a paciência contigo, rapaz.

(-) Bolas paradas E voltamos ao tempo de Jesualdo. É inadmissível sofrer dois golos de bola parada, quase iguaizinhos, a não ser que estejamos a jogar contra uma equipa de Carsten Janckers. Má marcação, lentidão na aproximação à bola, um guarda-redes que não sai da baliza e algumas distracções. Tudo junto na mesma jogada. Duas vezes. Não pode ser.

(-) Inépcia nas bolas longas O que me faz sempre chegar a mostarda ao nariz é a futilidade das jogadas pelo ar. Quando Maicon, Souza ou Rolando tentam fazer um passe de 30 metros alados quando podiam perfeitamente rodar a bola para o gajo do lado e continuar a jogada, enervo-me. Porque vejo e leio comparações entre o FC Porto e o Barcelona a nível de estilo, com a posse e o carrossel, com a progressão pausada e pensada…e depois vejo estes passes e rio-me.

 

 

São mais quatro jogos destes que vamos “aturar” até ao fim do campeonato. Não contam para nada e apenas servem para conseguir, com maior ou menor dificuldade, confirmar a vitória de um campeão já confirmado. É verdade que o orgulho pode e deve servir como motivação para conseguir os resultados que são teoricamente mais acertados, mas compreendo que não seja fácil pensar a sério neste jogo quando outros aparecem num horizonte bem próximo e que fazem com que ponhamos em perspectiva estas quatro jornadas. Enfim, é o que dá ser campeão tão cedo!

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Ouve lá ó Mister – Portimonense

André, portista e campeão!

Mais uma semana europeia e mais uma barrigada, rapaz. Tem cuidado com isso que a malta começa-se a habituar a estes resultados e um dia destes ganha-se por 2 ou 3 e o povo diz logo que foi um resultado abaixo das expectativas. E vê lá se avisas o Falcao para não dar tanto nas vistas que nós queremos o gajo cá pró ano. A continuar a marcar golos da maneira que o puto tem feito ainda aparece aí o Xélsia ou o Baierne e levam-nos o Radamel. Não pode ser, tá lá atento a isso.

Pois o jogo de hoje é daqueles que não interessa ao Berlusconi nem que lhe ponhas umas mamas e digas que tem 17 anos. Os rapazes estão cansados e depois de quinta-feira termos enfiado cinco balas de boa bodka no bucho dos russos, já está tudo à espera da viagem a Moscovo e de receber o Sporting prá vingança da primeira volta e depois finalmente o Paços para vermos a entrega do troféu da Liga. Vai ser lindo…mas é só daqui a uma semana. Hoje há jogo e tens de arranjar maneira de motivar o povo. Ser campeão era o objectivo, tudo bem, mas sei que vais arranjar mais um ou outro ponto para que os teus meninos se entusiasmem. Acabar o campeonato sem derrotas era interessante, sem dúvida, e garantir que o Hulk limpa já o título de melhor marcador também. Mas é preciso descansar a malta, ainda que já não tens Fucile, Álvaro, Otamendi, Helton e Varela por isso se calhar não vale a pena estar a trocar muito mais gente. Talvez o Ruben a titular em vez do Moutinho, mas pouco mais. Vamos lá mas é ganhar isso que a viagem ainda é longa…se bem que quando comparada com a do meio da semana, é como ir à loja da esquina comprar tabaco.

Sou quem sabes,
Jorge

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Afinal é no último jogo

Parece que o preço dos bilhetes para o jogo contra o Sporting (alto, já que para o meu lugar são 25% mais caros que no jogo contra o Spartak, por exemplo), que para mim se deveu ao facto do troféu de campeão ser entregue nesse jogo, não tem a ver directamente com isso. O troféu vai ser entregue no último jogo, contra o Paços. No regulamento diz o seguinte:

Secção 2ª (Liga Sagres)
Artigo 88º


2.O troféu acima mencionado poderá ser entregue imediatamente a seguir ao final do jogo, no qual o Clube se
sagre campeão da competição, independentemente de esse ser ou não na última jornada do campeonato.

É suficientemente vago para que haja acordo com o clube vencedor no que diz respeito ao dia da entrega do bicho. Não dá para reclamar. Pronto, seja, desde que fique lá em casa e que não demorem um ano a esculpir, isso é que interessa.

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Onze

Se eu não soubesse que todos na Comissão de Disciplina são sérios, éticos e profissionais, diria que esta decisão cheira pior que as cuecas de um homem com problemas de flatulência depois de comer uma picante feijoada de gambas.

Ao invés de tecer considerações que só poderiam ser inferências quanto à postura moral dessa gente, remeto-vos para o artigo do Dragão Crónico sobre o assunto. É digno de ser lido, porque ao mesmo tempo que vão sorrir, uma pequena porção das vossas psíques, e diria até um bom número de estômagos, vão passar à fase de revulsa.

Tal como a nota de Duarte Gomes atribuída pelo observador Fernando Mateus, este castigo a Jesus é perfeito. Só não é, à semelhança dos elementos do Conselho de Disciplina e de Fernando Mateus, honesto.

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