O Record está a evangelizar-se…primeiro fala dos golos sofridos pelo Roberto como “frangos”, e agora já começa a usar termos como “abançado”.
Bamos a eles!
O Record está a evangelizar-se…primeiro fala dos golos sofridos pelo Roberto como “frangos”, e agora já começa a usar termos como “abançado”.
Bamos a eles!
Helton, Sapunaru, Maicon, Sereno, Emídio Rafael, Tomás Costa, Belluschi, João Moutinho, James Rodríguez, Falcao, Hulk
Olhando para a equipa que entrou em campo contra o Ajax, podemos tirar meia-dúzia de conclusões não fundamentadas:
– Falcao foi o mais utilizado no ano passado, com 42 jogos, seguido por Belluschi com 39, Helton vem logo atrás com 33, Tomás Costa e Hulk a seguir com 33 e 32 respectivamente (com a atenuante de Hulk ter ficado de fora durante largos meses devido a castigo). Todos os outros jogaram menos de 30 jogos em 2009/2010;
– Sapunaru esteve emprestado ao Rapid Bucareste desde Janeiro e antes tinha feito apenas 9 jogos;
– Maicon jogou ao todo 11 jogos no ano passado, apenas 4 na Liga;
– Sereno, Emídio Rafael, João Moutinho e James Rodríguez são jogadores novos no plantel, com alguns treinos e 2 jogos não-competitivos na primeira equipa.
Assim sendo, alguém estava à espera de uma grande exibição ou de um entrosamento acima do que se viu?
Vamos lá ter paciência, pessoal…
Emídio Rafael chegou sem dar nas vistas.
Do que pude ver até agora, parece-me um defesa certinho, apoia o ataque mas sem exageros loucos, e que compensa muito bem a zona central da defesa quando é preciso. Prefere mandar a bola para fora do que andar a fintar e arriscar perdê-la.
É jovem mas já tem alguma experiência na Liga e depois de alguns anos a jogar em equipas pequenas, acabou por jogar no clube de onde saiu o actual treinador da nossa equipa, que o trouxe com ele para o Dragão.
Ah, e foi formado no Sporting.
Hmmm…
Emídio Rafael é o Nuno Valente versão 2010. Só falta o resto da equipa deste ficar à altura da do agora treinador-adjunto do Sporting quando jogava no FC Porto.
E cá estamos de novo. Finalmente o primeiro jogo no Dragão, depois de dois encontros durante o estágio na Alemanha onde só o segundo pude vislumbrar via TV…ou melhor, via internet, eis que regressamos à nossa casa. Numa tarde de sol forte e calor, os nossos rapazes mostraram-se como um gajo que chega à praia com uma bola na mão. Primeiro joga durante 15 minutos e depois, quando vê que aquilo cansa, deixa-se estar mais relaxado, senta-se e pára de jogar. Foi o que aconteceu hoje, mas não era nada que não fosse esperado. É o 4º jogo numa temporada de grandes mudanças por isso não me incomoda a falta de entrosamento e de mentalidade táctica e competitiva. Se isto acontecesse em Dezembro, aí ficava preocupado. Mas aparentemente os assobiadores continuam nas bancadas…enfim, vamos a isso:
(+) Helton. Seguro, prático e sem comprometer. Se continuar assim ganha pontos a Beto na luta pela titularidade.
(+) Hulk. Foi dos poucos que lutou todo o tempo que esteve em campo. Pode ser egoísta demais e não passar a bola quando deve, mas o complexo “Ronaldo na Selecção” é complicado. Leva a equipa às costas e especialmente nesta fase, onde os tipos não aguentam mais de 45 minutos a correr, cai ainda mais pressão sobre Hulk para resolver sempre. Está a evoluir e espera-se muito dele esta época.
(+) Recepção a Moutinho. Admito que não sabia o que iria acontecer. Transferências desta índole raramente passam despercebidas aos adeptos e havia a hipótese de haver alguma ambivalência no tratamento. Uma coisa é certa: não houve ambivalência nenhuma. Toda a gente aplaudiu, gostou e cantou a adaptação do “La Bamba” criada pelos Super para homenagear o número 10. Só lhe pode ter agradado.
(+) Assistência. Mais de 40 mil pessoas num Domingo perfeito de praia é obra. Acredito que muitos fizeram como eu, que passei pela areia de manhã e de tarde fui até ao estádio. Se fosse sempre assim…estava no Rio de Janeiro e ia ver o Flamengo, provavelmente.
(-) Tomás Costa. Não pode ser uma solução credível na posição 6. Ao mesmo tempo que compreendo que Villas-Boas queira um jogador que consiga ser mais agressivo no ataque que Fernando, parece evidente pelas provas dadas ano passado que não poderá ser o argentino. Falha passes demais e parece sempre andar distraído sem saber onde deveria estar. Preferia ver Castro naquela posição, já que parece que Souza está destinado a jogar mais à frente.
(-) Sapunaru. Se Fucile não regressar de férias, haverá sempre Miguel Lopes, porque Sapunaru parece realmente ser uma peça a mais nesta equipa. Até mostra vontade e é combativo, mas continua a ter falhas individuais muito grandes e é terrível no 1-para-1.
(-) Forma física. É sempre complicado no início da época conseguir jogar 90 minutos de bom nível. No entanto ficou patente aos adeptos que a malta ainda está longe de conseguir aguentar 45 minutos a sério, quanto mais um jogo completo…
(-) Assobiadores. Este ano devem ter proibido as férias aos imbecis. Aos 20 minutos já tinha ouvido vários a criticar os jogadores e alguns a assobiar. Numa temporada de mudança, onde precisamos de ter paciência e deixar que o treinador e os seus jogadores encontrem a melhor forma de jogar e de se entenderem em campo, quando é altura de permitir algumas falhas e esperar que aprendam com essas falhas para melhorarem…já estão os idiotas dos gajos prontinhos para assobiar ao primeiro passe falhado. Fazem mal à equipa e não se importam. Lixo.
Ainda é cedo para tirar conclusões e como já fartei de dizer no passado, estes jogos são para treinador ver e não para adepto apreciar. Ficaram algumas boas indicações mas o “jogo” durou apenas 15 minutos. O resto foi um deserto de ideias e alguma lentidão excessiva, mas não os culpo. Têm tempo para ganhar força, que bem vão precisar para um mês de Agosto extra-exigente.