
Fuck. Fuck. FUCK! Trinta e três jornadas depois, voltamos ao ponto de partida com uma exibição a roçar a mediocridade da era Fonseca e com jogadores nervosos, incapazes de lutar, de mostrar que querem ser campeões mesmo que todas as probabilidades apontem contra eles. Não os temos, podemos vir a ter no futuro mas neste momento somos um conjunto derrotado antes mesmo de entrar em campo. Assim é difícil, bolas. Notas abaixo:
(+) Óliver. Foi dos poucos que procurou jogar de uma forma mais vertical e de romper pelo centro aproveitando o centro de gravidade tão baixo que tem e que usa com inteligência para passar pelos adversários. Alguns bons pormenores e várias desmarcações fizeram dele o homem mais activo no meio-campo. Não era complicado, admita-se.
(+) Jackson. Falhou uma oportunidade excelente para adiar a decisão do título para a última jornada mas juntamente com Óliver foi dos que fez o possível para que conseguíssemos sair do Restelo com uma vitória. A forma como a equipa olha para ele nos momentos mais complicados faz com que se torne ainda mais importante e, como consequência, a sua saída mais-que-provável ainda será mais-que-tramada para resolver. Vá lá, ao menos o título de melhor marcador pode estar mais perto se lhe atribuírem o golo de hoje, se bem que me pareceu que foi o rapaz do Belém que a meteu lá dentro.

(-) Temos aquilo que merecemos. Os primeiros vinte minutos foram o espelho de todo o jogo. Passes absurdos, incapacidade de manutenção da posse de bola mais de alguns segundos, as contínuas dificuldades perante um meio-campo fisicamente mais forte, extremos que não furam, o avançado que não recebe a bola e uma velocidade de jogo que faz o Varela parecer o Usaín Bolt. Todos os jogadores pareceram encarnar figuras de menor relevo do nosso passado. Alex Sandro em modo Rubens Júnior, Ruben como Bolatti, Herrera à Valeri, Brahimi como Alessandro, Maicon como Stepanov e Quaresma parecido com Tarik durante o Ramadão. Acima de tudo foi a forma como o jogo foi encarado, com medo do resultado a 400 km de distância, a tentar gerir uma vantagem mínima obtida sabe-se lá como contra uma equipa que corria mais que nós e a quem oferecemos pelo menos três (TRÊS, FODA-SE, ATÉ O BAYERN TEVE DE TRABALHAR MAIS PARA NOS MARCAR OS SEIS EM MUNIQUE!) oportunidades claras de golo que desperdiçaram. É um cliché mas aplica-se na perfeição: uma equipa que quer ser campeã não pode mostrar tão pouco em campo como o FC Porto fez no último mês de competição. E quando é isto que o FC Porto joga, não há colinhos no mundo que justifiquem a distância de três pontos depois de perdermos pelo menos oito nas deslocações à capital. Assim não chega. Julen, ouve: Assim. Não. Chega.
O campeonato acaba na próxima semana e estamos a precisar que acabe depressa. Alguém faz com que passe rápido?
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